Se por um lado, as corporações privadas mostram avanços no
segmento, o setor público ainda carece da melhor utilização das práticas de
comunicação interna. O Poder Público, embora se assemelhe às instituições
privadas no que diz respeito ao desenvolvimento de suas funções, sobretudo, na
prestação de serviços em vários segmentos e nas áreas administrativa e
financeira, ainda não descobriu a comunicação interna como instrumento de
interação entre corpo diretivo e servidores. Devido à pequena dimensão de distância entre os órgãos da
prefeitura, é comum os servidores se deslocarem para exercerem seu ofício,
deslocamento esse que poderia não mais ocorrer, caso houvesse um meio de se
interagir com mais eficiência e rapidez.
O indivíduo, antes de ser
um empregado, é um ser humano, um cidadão que merece ser respeitado. A
comunicação interna deve contribuir para o exercício da cidadania e para a
valorização do homem. Quantos valores poderão ser acentuados e descobertos mediante
um programa comunicacional participativo! Se considerarmos que o servidor
público municipal passa a maior arte de seu dia dentro dos órgãos em que
prestam serviços, os motivos são muitos para que o ambiente de trabalho seja o
mais agradável possível. E um serviço de comunicação tem muito a ver com a
integração entre os diferentes setores. Do ponto de vista da organização, os
investimentos a serem feitos são vantajosos e relevantes. O público interno é
um público multiplicador. A comunicação interna permitirá que os colaboradores
sejam bem informados e a organização antecipe respostas para suas necessidades e
expectativas. Isso ajudará a mediar os conflitos e a buscar soluções preventivas.
É muito difícil tornar uma a Prefeitura
Municipal de Taubaté eficiente e competitiva com uma comunicação interna
precária.
Como regra geral, os
governos em todos os níveis ainda estão engatinhando no processo de comunicação
com seus servidores. Os desafios costumam ser maiores do que na iniciativa
privada. É fácil entender por quê. Uma prefeitura, por exemplo, atua em vários setores,
como educação, saúde, limpeza
urbana. Como fazer para que um funcionário da saúde saiba de iniciativas
tomadas na educação, ou que um servidor da área de trânsito tome conhecimento de um novo investimento
feito na limpeza urbana? Contar apenas com a publicação espontânea da imprensa
ou com anúncios publicados nos jornais e tevês, certamente, não será suficiente
A comunicação interna ainda é utilizada timidamente pelas Prefeituras.
Muitas delas editam boletim oficial, mas não tem o servidor como público-alvo e
sim a população de modo geral, embora o servidor faça parte dela. A Prefeitura Municipal é uma das maiores empregadoras da cidade
e as informações que chegam até os
ouvidos dos servidores precisam partir de cima para baixo, sem que hajam ruídos
de comunicação.
A comunicação interna é fundamental para melhorar a
interação do funcionário público com o seu cliente que é o munícipe. Funcionários bem informados sobre as ações do governo
e o funcionamento da máquina administrativa trabalham com mais agilidade e
eficiência, pois não se limitam apenas às atribuições do cargo que ocupam.
Podem, pelo menos, dar o encaminhamento mais adequado ao público e promover a
imagem positiva da organização. Se essas pessoas forem bem
informadas, a instituição vai contar com um poderoso contingente que, mesmo
involuntariamente, poderá defendê-la, ou ajudar a divulgar seus feitos. Se, ao
contrário, essas pessoas não forem bem informadas sobre as atividades da
instituição, é boa parte do caminho andado para circularem notícias negativas, deturpadas
ou incompletas.
É fundamental que, além da estrutura adequada de
trabalho, o funcionário esteja bem informado sobre todas as áreas da administração
municipal, conheça o funcionamento de um órgão público, as normas internas, as
leis, as prioridades do governo e até mesmo as questões políticas. E quando a
comunicação é interativa, não apenas descendente (dos superiores para os
subordinados) os resultados são mais positivos.
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