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terça-feira, 13 de setembro de 2011

TAUBATÉ ESTÁ REFÉM DA VIOLÊNCIA




Segundo reportagem do jornal OVALE, da excelente jornalista Luara Leimig, acontece um assassinato a cada quatro dias em Taubaté, com 19 homicídios a cada 100 mil habitantes, número superior ao tolerado pela ONU. Também segundo o jornal, um pacote de segurança foi anunciado pela Prefeitura, mas não saiu do papel ou das palavras. A criminalidade é um fenômeno complexo, que reflete fatores como impunidade, desigualdade, desestruturação familiar e o tráfico de drogas. Além dos homicídios, o número de roubos e assaltos de veículos, residências e caixas eletrônicos tem aumentado assustadoramente. Acredito que o mapeamento do crime, a transparência na divulgação das estatísticas, a mediação em conflitos, o incremento nas investigações, o incentivo à inteligência e as rondas policiais permanentes, aliadas às políticas públicas por parte do município com cursos profissionalizantes itinerantes, esportes nos bairros com monitores, participação mais efetiva das associações de amigos de bairro, iluminação eficiente, etc, são os instrumentos com maior potencial de reduzir a criminalidade na cidade de Taubaté. A dificuldade encontrada para se derrubar a violência está justamente em traçar políticas que lidem com vários desses fatores ao mesmo tempo. As estatísticas revelam uma realidade marcada a cada mês por milhares de incidências criminosas, a maioria das quais sem consequência penal para seus autores, figurando apenas, quando isso ocorre, como dado estatístico para uma macabra contabilidade de delitos. Os números da segurança pública precisam ser vistos, pois, como uma denúncia da realidade de violência que persiste. A cidade natal de Monteiro Lobato, Capital Nacional da Literatura Infantil, terra das Figureiras da Imaculada, do Burro da Central, de Jacques Félix, a cidade calma e hospitaleira está se tornando um local violento e assustador, causando traumas e medos nos moradores, cidadãos de bem. Ninguém quer fazer parte da atual estatística (19 homicídios a cada 100 mil habitantes), mas corremos esse risco. A consolidação de uma força policial mais eficiente, aberta à fiscalização da sociedade e capaz de produzir investigações que acabem com a sensação de impunidade é a lição de casa que falta ao Estado.

Vereador Rodrigo Luis Silva – DIGÃO – PSDB Taubaté

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